A Solidariedade Moçambique (SoldMoz) tomou conhecimento, através de fontes familiares, do desaparecimento estranho do seu membro e activista político, Arlindo Chissale, no dia 7 de Janeiro corrente.

Segundo familiares, Arlindo Chissale partiu da sua residência no distrito portuário de Nacala, em Nampula, com destino a cidade de Pemba, província de Cabo Delgado. Já aquando do seu regresso, na terça-feira 7 de Janeiro, Arlindo Chissale dirigiu-se a zona de Silva Macua, em Pemba para tomar o transporte para Nampula, porém, ninguém mais o viu nem conversou.

O último contacto telefónico que manteve com a sua esposa foi por volta das 19h00, exactamente no dia que desapareceu. Na altura, teria dito a esposa que estava a viajar para Nampula sem sobressaltos e na maior segurança. Terminado o contacto telefónico, não mais se teve notícias sobre o paradeiro do jornalista e activista político, Arlindo Chissale.

Desde a noite do dia 7 de Janeiro a esta parte passam treze dias de um silêncio que causa desespero e dor no seio família, amigos e conhecidos do jornalista. O seu desaparecimento levanta suspeitas de sequestro, pois há acredita-se na existência de inimigos que o perseguiam devido às suas abordagens e intervenções sobre assuntos políticos.

A Solidariedade Moçambique manifesta a sua profunda preocupação com o desaparecimento misterioso do Chissale e apela o Estado moçambicano a desencadear mecanismos, com vista a localizar e devolver o jornalista e activista ao convívio dos seus.

A SoldMoz, uma entidade da sociedade civil moçambicana acredita que cabe ao Estado garantir a segurança dos cidadãos nacionais e os demais que transitam pelo território. Se há desaparecimento, mesmo que seja de um cidadão, como é o caso de Chissale, significa que o Estado falhou numa das suas principais funções sob ponto de vista de segurança interna.

Enquanto apela a intervenção do Estado, a Solidariedade Moçambique manifesta a sua solidariedade para com a família e colegas de Chissale, na esperança de que a muito breve trecho o jornalista e activista político volte ao convívio social.